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Imagem Molecular segue princípios que a ciência vem demonstrando no caminho do tempo…

Publicado em 28 de novembro de 2012

Em 1949 Linus Pauling revolucionou o pensamento médico cunhando o termo “doença molecular “. Ele e seus colaboradores observaram as alterações de mobilidade eletroforética da hemoglobina S e descobriram a anemia falciforme, uma doença conhecida como genética, que pode ser explicada por uma mutação de um gene de uma proteína específica.

Uma década mais tarde Vernon Ingram mostrou que esta alteração de carga ocorre na sequência do aminoácido da hemoglobina S, onde o ácido glutâmico é substituído pela valina. Esta troca de um único componente de carga negativa da hemoglobina normal para um neutro pode explicar as propriedades moleculares alteradas da hemoglobina S, e estas, por sua vez, para as diferenças intermoleculares e as desordens observadas nas doenças das células vermelhas. Assim uma única troca molecular é fundamental para entender a doença do paciente, sintomas e prognóstico.

Enquanto a explicação para outras doenças pode não ser tão simples, o princípio fundamental da moderna medicina se traduz em pormenores de base molecular. Pesquisas na doença de Parkinson e miastenia gravis feitas pela comunidade médica dão-nos conta que os componentes químicos das sinapses podem ser específicos marcadores para doença . Na miastenia gravis o marcador molecular é um receptor de acetilcolina. Nas alterações dos gânglios da base alguns componentes de síntese, envelopamento ou caminhos da dopamina e serotonina estão alterados.

As causas das alterações patológicas destes loci, se genético, infeccioso, tóxico
ou degenerativo, não são ainda conhecidas, embora nós tenhamos identificado o gene mutante para doença de Huntington. Contudo, como não temos ideia sobre a função desta proteína que esconde um gene selvagem, está claro que o tratamento racional para doenças de transmissão metabólica requer um bom entendimento da transmissão sináptica das vias afetadas.

Desta forma o conceito de Imagem Molecular encontra-se no DNA da doença e de forma  inexorável  a ciência médica se aproxima cada vez mais desta verdade . O papel da Medicina Nuclear e dos métodos modernos de  imagem é  encontrar uma forma segura e de elevada acurácia na  busca da identificação do tipo e estágio das doenças, visando o caminho e a melhor definição das estratégias terapêuticas .